DHA, ou Ácido docosa-hexaenoico, é um ácido do tipo Ômega-3, encontrado principalmente em peixes de água fria como salmão e anchova.
Em conjunto com o EPA (Ácido eicosapentaenoico), outro ácido também do tipo Ômega-3, e com o ARA ou AA (Ácido araquidônico), um ácido graxo da família Ômega-6, contribuem em um bebê para o desenvolvimento da visão e do sistema nervoso. Todos estes componentes são encontrados não somente nos peixes de água fria mas também no leite materno. DHA e ARA também são conhecidos como LC-Pufas.
Um estudo publicado recentemente no American Journal of Clinical Nutrition apresentou que as mães com as taxas mais altas de DHA no sangue na hora do parto tiveram filhos que posteriormente obtiveram pontuações mais altas em testes de inteligência.
O ideal é consumir em torno de 400g de peixe por semana durante a gestação, o que é equivalente a 3 pedaços do tamanho de um palmo cada. O hábito deve-se manter durante a amamentação, pois o leite materno vai apresentar mais DHA se a mãe mantem a alimentação rica neste componente. Se a mulher não gosta ou não consegue manter o hábito de consumir a quantidade recomendada de peixe, existem suplementos onde o recomendado é consumir em torno de 200mg por dia. Deve-se evitar peixes com alta concentração de mercúrio, como o tubarão.
Para a criança, o DHA, EPA e ARA são essencias durante a gestação, durante os seis primeiros meses de vida, e de grande importância ao longo da infância, por terem um papel importante na formação da visão e do cérebro. Dessa forma é até uma vergonha que existam fórmulas no mercado destinadas à crianças até os seis meses sem estes itens.
O NAN 1 Pro contem todos estes componentes, mas os pais já devem ter percebido que quando chega a fase do NAN 2, o bolso começa a sentir menos. Se por um lado o NAN 2 é mais barato, por outro não tem mais o ARA, que ainda é importante já que possivelmente a criança não vai estar comendo salmão. A nova fórmula do Aptamil está bem completa, mesmo após os seis meses, mas também perde alguns componentes no Aptamil 3, a partir dos 10 meses. No mercado brasileiro as fórmulas mais completas após os seis meses são o Similac Advance 2 e o Enfamil Premium 2, isso em se tratando de fórmulas para bebês sem necessidades especiais. O Enfamil infelizmente é muito difícil de encontrar e parece que é pouco divulgado para os médicos, pois nenhum com quem conversei tinha total conhecimento sobre sua fórmula atual (mas recomendam se você questiona).
Em conversa com médicos e nutricionistas, a recomendação é que apesar de não ser importante, pode-se continuar com as fórmulas como o Enfamil após um ano de idade. O mais importante é manter uma alimentação adequada. Mas se precisar de suplemento de DHA, infelizmente no Brasil não há para crianças. Passando a fase da fórmula, o DHA some de todos os produtos infantis, exceto alguns iogurtes. Nenhum Ninho ou Sustagen, por mais caro que seja, possui o DHA. Nas farmácias não se encontra nada para criança enquanto em outros países há muita opção. Essas coisas só passam a ter importância no mercado quando viram moda. Para quem quiser manter o DHA após um ano de idade, existem algumas opções no mercado. Tratam-se do Enfagrow, Milnutri e Pediasure Complete. Adiciona-se a esta lista também o Aptamil Premium 3, que é indicado a partir do décimo mês e é o único do mercado que além do DHA possui também o ARA.
E também é um tanto desanimador você estudar sobre o assunto e ver que nos países como Japão, EUA e Alemanha isso é uma preocupação, para depois você chegar e conversar com um médico aqui e ele dizer que não é importante. É por isso que falta informação e produtos.
Nos EUA encontra-se facilmente em qualquer Walmart, Publix ou outro supermercado leite fresco, orgânico e com DHA, como o Horizon Organic DHA Omega-3. Infelizmente desconheço qualquer coisa parecida para o mercado brasileiro (se você souber por favor avise aí comentando abaixo).
A boa notícia no mercado brasileiro é que no último ano tem se tornado relativamente fácil encontrar ovos com Ômega-3. São um pouco mais caro, porém são enriquecidos com Ômega-3 devido a alimentação diferenciada das galinhas. De acordo com o site Smart Foods Brasil, toda a gema de ovo possui em torno de 18mg de DHA, enquanto um ovo enriquecido pode ter até 150mg. Não se acha em qualquer mercado, mas em geral se acha em grandes hipermercados nas maiores cidades. A sua cidade tem? Conte para a gente nos comentários abaixo. Em São Paulo e Santa Catarina já vi a venda o Ovo Ômega-3 Label Rouge, que é uma marca que também possui ovo de codorna Ômega-3.
Mas o DHA e ARA continuam sendo importante? Sim, eles são importantes para a vida toda. Tal como falei sobre os benefícios de uma segunda língua, o DHA e ARA evitam ou atrasam ou Mal de Alzheimer e outro declínios da capacidade mental. O DHA diminui os riscos de se ter câncer e o ARA diminui os riscos de um ataque cardíaco. Você não ouve falar tanto de margarina e suplementos com Ômega-3?
Resumindo, é mais uma daquelas coisas que temos que ensinar para os nossos filhos com o exemplo: se alimentando bem, pois não é só porque é moda se preocupar com as crianças que o cuidado e a obrigação tem que ficar apenas com elas.
Se seu filho tem mais de um ano de idade, sugiro que leia também estes posts:
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1 thought on “Importância do DHA, EPA e ARA na alimentação da gestante e do bebê”
Abbott lança no Brasil Pediasure Complete com DHA e ARA - Diário dos papais
(04/12/2012 - 9:27 pm)[…] falei em um post anterior da importãncia do DHA e ARA na alimentação do bebê, então vocês podem imaginar o susto que levei aos seis meses do Arthur quando percebi que o NAN […]
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