Parenthood

Durante boa parte da minha vida considerei que a melhor coisa já feita para a TV fosse o seriado Anos incríveis (The Wonder Years).

Porém desde o final do ano passado mudei minha opinião, quando conheci o seriado Parenthood.

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Anos Incríveis não deixou de ser bom. Mas sempre teve uma pitada um tanto fictícia demais em alguns episódios. Parenthood não tem este problema. Na minha visão, segue uma linha parecida com certos filmes norte-americanos bem realistas em termos de acontecimentos e sentimentos. Um dos primeiros filmes que vi nesse sentido foi Crash.

Parenthood é um seriado centrado em quatro irmãos adultos e seus pais, que moram em Berkeley, na California, próximo a São Francisco. Falando assim, como é a sinopse, não dá muita vontade de assistir.

Mas o realismo da história, o cenário e a interpretação fazem o seriado se tornar logo um vício.

O tema é família. No caso os quatro irmãos, mesmo com sua vida adulta e filhos, frequentemente expõe suas fraquezas e medos. Mostram também suas alegrias num tom bem jovem, quase criança. Para mim, isso simboliza uma geração que cresceu muito diferente da geração de seus pais e que por não seguí-los, de certo modo “nunca deixou de ser criança”, sendo que a idade e os compromissos no fim os tornam adultos.

Zeek Braverman, veterano do Vietnam, é o patriarca da família, junto com a sua esposa Camille Braverman. Zeek é um sujeito bastante cabeça-dura e frequentemente se envolve em discussões com seus filhos. Camille é mais artística, e com um lado mais Hippie.

Adam Braverman é o filho mais velho. É também tido como o mais responsável. É casado com Kristina, com quem tem dois filhos: Haddie e Max. Haddie está no fim do ensino médio e Max é um garoto diagnosticado com Asperger. Aliás, esse é um ponto forte do seriado pois foi o primeiro programa de TV que eu vi dar espaço para essa síndrome.

Sarah Tracey Braverman, interpretado por Lauren Graham, é a segunda filha. Tem um lado muito sentimental e muitos talentos, mas é de certa forma a ovelha negra da família por ter tido um casamento ruim com um alcóolatra e não ter uma carreira. Tem dois filhos adolescentes: Amber, mais rebelde e Drew, um rapaz bem tímido.

Julia Graham é casada com Joel, com quem tem uma filha chamada Sydney. É advogada muito bem sucedida e seu marido, que trabalhava com construção, ficou desempregado com a crise desencadeada pela bolha imobiliária dos EUA. Com isso, ele é um stay-at-home daddy, o que lhe rende algumas discussões com seu sogro.

Crosby Braverman trabalha como produtor musical e leva uma vida bem tranquila, como uma grande criança. Mora em um barco e demonstra insegurança sobre noivar com sua namorada, até que uma antiga namorada reaparece com seu até então desconhecido filho de cinco anos.

Evidentemente, esses perfis são os do início da primeira temporada e muita coisa muda ao longo do tempo.

A primeira temporada pode ser assistida no Netflix.

Já a segunda e terceira temporada podem ser vistas no Netflix americano (apenas em inglês, com legendas em inglês ou sem).

A quarta (e atual) temporada pode ser assistida no Hulu.

Eu estou atualmente assistindo a quarta temporada já. Vale muito a pena. Passa longe de seriados em que a cada capítulo muda-se de forma apelativa completamente a história para você querer saber o que vai acontecer depois.

Post Author: mario