O primeiro dia de aula na escola nova

Hoje foi o primeiro dia de aula do Arthur na escola nova. No ano passado em seu primeiro dia de aula eu nem me preocupei muito. Mas por um lado, a Cleu ainda estava de licença maternidade e podia acompanhar de modo a fazer um período de adaptação com calma.

Neste ano na reunião de pais eles falaram bastante sobre o período de adaptação e como não teríamos tempo de fazer daquela forma acabamos ficando bastante preocupados. Mas combinamos com a professora que ao invés de deixar apenas meia hora no primeiro dia, deixaríamos até ele se cansar e rejeitar. O mesmo também aconteceu com outra coleguinha que já frequentava essa escola no ano anterior.

Ao sair do carro, o Arthur saiu andando em direção a um gramado. A Cleu apontou para a escola e falou — é lá.

Nisso ele falou pela primeira vez essa palavra confirmando: lá? E ficou todo feliz falando lá e apontando para a escola. A alegria terminou no corredor. Ao chegar na sala, ele não queria entrar. Mas então eu entrei e a professora ficou pegando vários brinquedos e mostrando para ele. Não chorou.

Então ele começou a se distrair. Nesse tempo comentei com a professora sobre o que fazemos em casa, de criar de forma bilíngue e com linguagem de sinais. Ela aceitou muito bem e falou que lá inclusive eles faziam algumas brincadeiras em inglês também, que era bom ela saber disso.

Achei interessante a receptividade e essa característica oculta na escola pois haviam dito que inglês só tinha a partir dos três anos. Claro que quando falei era apenas para fazer entender que em muitas vezes o Arthur se expressa de um jeito que para a maioria não tem significado, mas que ele estaria tentando se expressar. Não espero impor a particularidade da nossa forma de criar em casa na escola. Acho que a escola traz uma outra carga própria de cultura e educação.

Voltando ao assunto, fui ao meu escritório pegar minhas coisas para poder trabalhar em casa e ficar de plantão, pois o escritório é meio longe da escola mas a minha casa bem perto.
Ao voltar do escritório dei uma passada na escola e para a minha surpresa ele já estava dormindo.

Fiquei o dia todo trabalhando ansioso e esperando pela ligação da escola, que não aconteceu. Uma hora recebi uma ligação de número desconhecido e já me preparei psicologicamente para ouvir que ele estava chorando. Mas era apenas tele-marketing.

Fomos buscar o Arthur somente no final do dia. Quando batemos na porta e a professora abriu, o que vimos foi um menino feliz andando, falando e com carrinho em cada mão. O dia foi bom tanto para ele quanto para a coleguinha.

PS: eu bati foto da hora em que estávamos na porta e a hora em que ele estava com os carrinhos na mão, só não ficaram muito boas.

Batendo na porta…
A recepção na sala de aula

 

#voltaasaulas

Post Author: mario