Hoje é o dia mundial da prematuridade. Um dia de conscientização, pois não é um dia para comemorar.
Eu tenho alguns grandes amigos que nasceram prematuros, e felizmente cresceram muito bem.
Porém hoje o nascimento prematuro é depois da pneumonia a maior causa de morte entre menores de cinco anos de idade.
Antigamente a cesariana era uma das causas do parto prematuro, pois o médico em muitas vezes podia acabar se enganando e fazendo o parto antes da hora necessária. Hoje, com toda a tecnologia e acompanhamento pré-natal isso é quase impossível. Pelo ultrassom o médico consegue saber com grande precisão quantas semanas o bebê tem.
Então, o que causa tantos partos prematuros?
Não há uma causa específica. Uma boa alimentação antes e durante a gravidez pode ajudar a prevenir mas não é regra. Também é bom evitar uma gravidez pouco tempo após a anterior.
Hoje em dia, de acordo com a OMS, um em cada dez bebês nascem prematuros. Se por um lado 60% destes nascimentos ocorrem no sul da Ásia e na África, por outro o Brasil figura junto com os Estados Unidos entre os 10 países com maior incidência em números absolutos.
Lista dos 10 países com mais nascimentos prematuros em 2010
- Índia – 3.519.100
- China – 1.172.300
- Nigéria – 773.600
- Paquistão – 748.100
- Indonésia – 675.700
- Estados Unidos – 517.400
- Bangladesh – 424.100
- Filipinas – 348.900
- República Democrática do Congo – 341.400
- Brasil – 279.300
Cada vez mais a mortalidade infantil se reduz em duas de suas principais causas: diarréia e malária. Porém pouco se avançou em causas neonatais. Há uma meta da OMS, o Millennium Development Goal 4, onde pretende-se reduzir a mortalidade infantil em 2/3. Porém a meta demorará muito a ser atingida no ritmo atual: 2040 nas Américas, 2085 na Ásia e 2165 na África.
Existem intervenções de baixo custo que podem reduzir em muito a mortalidade em casos de prematuros, e segundo a OMS, não são frequentemente aplicadas. A primeira é a injeção de esteróides que pode ser dada a gestante durante o parto prematuro e ajuda evitar que o bebê sofra de insuficiência respiratória.
Outra ação é permitir que a mãe segure seu bebê, para mantê-lo aquecido, pois os prematuros podem perder calor com muita facilidade. Por fim há também a possibilidade de uso de antibióticos, como amoxilina, por exemplo, para tratar de infecções.