Por mais de dois anos fizemos parte do Coral da Comunidade do Centro de Florianópolis da IECLB – Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.
Foi um período muito bom mas depois do nascimento do Arthur foi ficando cada vez mais difícil.
O nascimento do Arthur foi mais ou menos na mesma época em que a minha empresa mudou de endereço. Saiu do Centro de Florianópolis para o bairro Estreito, que para quem não conhece, fica fora da ilha. É tranquilo de ir por causa do contra-fluxo na ponte, mas mesmo assim ficou mais longe.
Enquanto a Cleu estava de licença maternidade, continuamos a ir no Coral, mas depois com o Arthur crescendo foi ficando mais difícil.
Ele não parava mais quieto na igreja e eu tinha que sair do Estreito, buscar a Cleu na Trindade, buscar o Arthur na escola Acalanto, também na Trindade e depois voltar em direção ao Centro, tudo isso no pior horário para andar em Florianópolis, onde o transito está cada vez pior. Leva-se muitas vezes 50 minutos para andar 7km.
O Arthur sempre se interessou pelo ensaio, e a regente, a Dona Gunda, diz que ele tem bom ouvido pois fica concentrado olhando e demonstra perceber que o tom da música muda durante o ensaio. Mas mesmo assim, o tempo de concentração é curto e logo a criança já quer fazer outra coisa. Passamos a deixá-lo na casa da tia da Cleu e com isso, o transito e o cansaço inviabilizaram nossa ida ao Coral, pois adicionava mais duas paradas ao trajeto.
Mas somos agora peças transitórias. Hoje fizemos uma visita surpresa e fomos muito bem recebidos. Demos sorte e tinha até bolo e salgados.
O Arthur de cara não queria saber muito de ninguem. Não encontrava o que fazer. Um tédio. Só queria ir “lá fora”, o que ele sinalizava a todo momento na Linguagem de Sinais para Bebes. Depois tomou uma mamadeira toda e ficou mais sossegado, mas ainda assim estava inquieto. Aí comeu mais uma papinha e então ficou feliz. Ia no colo de todo mundo. No fim ainda dividiu um pedaço de bolo com a Cleu.
Foi muito bom rever os amigos.