Conforme já falei anteriormente no post Meus pré conceitos sobre o livro Grito de Guerra da Mãe-Tigre, este livro teve uma recepção mundial muito negativa, e isso inclui o Brasil, pois a repercurssão passada pela mídia foi o review inicial do livro publicado no jornal The Wall Street Journal.
A minha visão mudou somente quando li os reviews de leitores no Amazon e quando baixei a amostra grátis para Kindle. Tão logo terminei de ler a amostra, comprei o livro para Kindle.
Meu review diz respeito a edição americana para Kindle, com o título original “Battle Hymn of the Tiger Mother” mas o conteúdo não deve mudar para a versão lançada no Brasil.
Ao contrário do que muitos pensam, não se trata de um livro de auto-ajuda. É um livro de memórias.
O livro começa contando desde a história de imigração dos pais da autora, Amy Chua até o momento em que suas filhas já estão adolescentes, que é há cerca de um ou dois anos atrás.
Amy Chua nasceu nos EUA e foi criada em casa com uma visão de criação estritamente chinesa. Seus pais se esforçavam muito para lhe proporcionar as melhores oportunidades em educação e faziam cobrança rígida em torno disso. Seu pai, é professor na Universidade da Califórnia, Berkeley.
A autora estudou direito em Harvard, onde conheceu seu marido Jed. Seu marido não é chinês, e sim um judeu, o que de início trouxe um grande problema familiar. Esse fato para mim foi bem inusitado e só me fez ter mais interesse sobre o livro.
Durante os três primeiros dias, eu aproveitava cada curto momento livre do dia para ler o livro com muita empolgação. Parecia que eu sentia as coisas conforme lia. No livro ela sabe deixar bem claro o motivo racional de suas atitudes, ao mesmo tempo em que conta suas dificuldades e sentimentos, que no momento nunca eram revelados. Assim, quando era dura com suas filhas (do mesmo modo como foi criada) convivia com conflitos internos e com seu marido.
No quarto dia de leitura, eu sinceramente fiquei de saco cheio. Não aguentava mais a chatisse dessa mulher, a insistência em coisas que pareciam demais. Fui de um oposto de estar intensamente tocado pela história ao outro onde estava irritado com a autora. E na minha opinião, isso foi ótimo. Criei então uma relação com o livro. Não uma relação de aderir aos valores culturais do livro, mas sim de me colocar no lado da outra pessoa, entender suas motivações sob sua ótica, gostar e sentir raiva, para enfim consolidar uma intimidade com o livro.
Gostei tanto do livro que resolvi escrever para a autora. Escrevi um grande e-mail, que ela leu e respondeu muito carinhosamente, o que reforçou a ideia que fiz dela como pessoa.
Temos trocado e-mails e eu avisei a Amy que faria esse review. Perguntei a ela se havia algum ponto em especial em que ela gostaria de ter um “direito de palavra”. Seu pedido foi mencionar que o livro foi feito para ser engraçado, satirizando ela mesma por certas vezes.
Neste link do Buscapé você pode conferir diversas lojas brasileiras que vendem este livro.
Para adquirir em inglês a versão impressa, o lugar mais barato é no The Book Depository, que possui frete grátis.
Leitura altamente recomendada para pais curiosos.
Título original – Battle Hymn of the Tiger Mother
ISBN: 8580570468
ISBN-13: 9788580570465
Idioma: português
Edição: 1ª
Ano de Lançamento: 2011
Número de páginas: 240
1 thought on “Review / Avaliação – Grito de Guerra da Mãe-Tigre”
» Meus pré conceitos sobre o livro Grito de Guerra da Mãe-Tigre (Battle Hymn of the Tiger Mother) Diário dos papais
(01/08/2012 - 9:07 pm)[…] O próximo post sobre esse livro será o review. […]
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