Este post é um desabafo contra a forma com que alguns filhos são criados hoje em dia.
Sejamos práticos: vou contar um logo o caso.
Esse último final de semana teve a festa de aniversário da grande amiguinha do Arthur. A festa foi uma maravilha. Impecável.
Tinha doces, salgados, banda infantil e uma animadora. Essa animadora estava fazendo bexigas/balões em forma de cachorro, espada, etc. Tinha uma fila para conseguir um. Entrei na espera com o meu pequeno e quando chegou a hora dele foi feito um capacete e uma espada.
Meu filho gostou mas em sua idade, quase dois anos, ele se distrai muitas vezes a cada um minuto com uma coisa diferente. E então logo estava pintando com giz de cera. Enquanto isso eu fiquei cuidando das bexigas do Arthur.
Então chegou um menino maior, de cinco anos mais ou menos. Me chamou atenção o fato dele ter vindo tão agressivo de cara contra um adulto. Ele chegou querendo roubar da minha mão o capacete. O mais comum parece ser ver as crianças nessa fase disputarem muito entre si, mas respeitar os mais velhos. Educadamente eu disse para ele que aquele capacete tinha sido feito para o meu filho. E ele então, fazendo uma manha muito estranha ele começou a falar que queria, tentando arrancar da minha mão. Ficou claro para mim que o fato dele ter tentando tirar o capacete da minha mão não foi um desafio contra um adulto. Ele se via no direito de conseguir as coisas de um adulto. Eu poderia muito bem nesse momento ter simplesmente dado a bexiga, independente do tempo que esperamos para conseguí-la, afinal, não faz sentido um adulto discutir com uma criança. Mas faz sentido uma criança de cinco anos agir dessa forma?
Continuei dizendo para ele que se ele queria um, então ele tinha que pedir para a moça que ela fazia um para ele, mas que aquele era do meu filho. Então veio o inesperado: o menino cuspiu em uma das bexigas, a com formato de espada. Nesse momento larguei qualquer ideal de lutar por uma sociedade futura melhor e simplesmente larguei a bexiga, mais ou menos no sentido: se você quer então pega.
E perguntei quem era a mãe dele: ele fez um beiço como se fosse uma criança de três anos e foi embora.
Enfim, como os pais não estão enxergando isso? Será que não querem enxergar?