PUSH Play Learning – Hora de parar de atacar as “super mães”

Por Lacy Coker – PUSH Play Learning

Tradução: Diário dos Papais

 

Eu estive visitando alguns blogs e achei um determinado post que se por um lado tinha informação muito útil sobre contagem, por outro fiquei desapontada com o ataque à “super mãe”. O ataque dizia que a próxima vez que uma “super mãe” viesse e dissesse que seu filho de dois anos sabia contar até 20, a pessoa podia com segurança pedir para a criança mostrar três coisas o que iria provar que ela na verdade não tem noção de quantidade.

Neste post, ficou implícito que as “super mães” estão sempre em competição, e este é um sentimento que eu vejo com frequência em comunidades de mães e até mesmo de pais. Mas eu gostaria de dizer que a competitividade está na cabeça de quem quer ver desta forma.

Como exemplo, não foi há muito tempo atrás que eu aprendi o quanto eu precisava das “super mães”. Eu tive uma mãe ausente e menos do que adequada, então por um longo período eu andei tropeçando na tarefa de ser mãe. Eu achei um fórum maravilhoso repleto do que eu vi como “super mães e pais”. Seus bebês liam em mais de uma língua. Seus filhos do maternal resolviam equações de um ou dois dígitos. Seus filhos em idade pré-escolar liam capítulos de livro com facilidade.

Você pode então imaginar o turbilhão de emoções em que eu me encontrei. Eu estava completamente surpresa com essas crianças e a dedicação de seus pais. Por que ninguém nunca me falou que isso era possível? Então sentimentos negativos me atingiram de forma pesada. Reconhecer o sucesso destas pessoas seria reconhecer o meu próprio fracasso – que eu havia falhado como mãe. Foi algo que acertou em cheio meu ego, uma vez que eu sempre tinha me considerado uma boa mãe apesar de tudo, e isso me impediu ainda mais de ver com clareza os benefícios do Early Learning por um bom tempo. Meu coração tinha visto a dura verdade e não me deixava seguir.

Mas eu estaria mentindo para vocês se dissesse que todas as histórias das “super mães” não pareciam competitivas para mim. Esta competitividade me fez sentir inadequada e uma grande falha. Eu iniciei o Early Learning com cada um dos meus filhos antes dos quatro anos de idade e não via resultados impressionantes. Ao mesmo tempo, todos os dias no fórum havia uma nova história de sucesso de uma super mãe. Havia dias que eu não tinha força para prosseguir com atividades de Early Learning por estar muito para baixo. Teria sigo mais fácil ter achado aquelas histórias desagradáveis desde o início.

Um ano e meio depois e apesar de eu não me considerar uma “super mãe”, eu estou certa de que se eu saísse falando sobre as conquistas de meus filhos eu seria recebida com olhar de desdém. Mas como foi que eu saí daquele turbilhão de emoções, um misto de admiração com coração partido, para onde estou hoje?

Primeiro, eu aceitei a responsabilidade que eu poderia abrir a mente de meus filhos para aprender coisas importantes independente de suas idades. Segundo, eu aceitei que a nossa jornada seria única, pessoal, e que super pais são apenas modelos. Meus filhos e eu temos nossa própria jornada, e isso porque nós somos únicos e como cada unidade, teremos nossas próprias experiências.

O terceiro e mais importante ponto que eu aprendi foi a celebrar. Eu celebro meu sucesso, mas acima de tudo celebro o sucesso dos outros. Se eles não compartilhassem suas histórias eu não estaria aqui hoje. Eu escolhi a cada dia encarar isso não como uma competição, mas sim como histórias maravilhosas para me motivar a continuar.

Quando uma mãe compartilhar que sua criança de dois anos pode contar até 20, tente fazer uma escolha consciente de celebrar ao invés de ver como uma competição. Se decidir que seria maravilhoso que seu filho contasse até vinte, ainda que sejam apenas palavras, então aceite o desafio de forma positiva. Nós precisamos de mães e pais que nos ajudam a ser quem nós queremos ser na vida e há muitos deles por aí hesitantes em compartilhar sua experiência sabendo do desdém que receberão.

Não julguemos as super mães e super pais mesmo que as histórias pareçam vazias para vocês. Nosso julgamento por fim recai sobre a criança, e para que elas tenham um futuro melhor, nós precisamos aceitá-las. Não vamos diminuí-las pelo simples fato de nos vermos em competição com seus pais. Por causa que eu optei por aceitar a responsabilidade, aceitando a minha jornada como ela é e celebrando a mim e aos outros, eu aprendi muito a crescer como mãe e a oferecer um futuro melhor para as minhas crianças. Eu sei que se eu tivesse simplesmente gasto meu tempo julgando os outros com inveja e ciúmes, eu não estaria vendo meus filhos aproveitando com prazer o aprendizado precoce.

Lembre-se de celebrar o seu sucesso e o dos outros. Nós seremos cresceremos muito por isso.

Post Author: mario