Em se falando de educação bilíngue, alguns termos sempre surgem, como é o caso do OPOL.
Trata-se de um método para criar crianças bilíngues introduzindo as línguas simultanetamente, porém separadas por pessoas.
De acordo com a autora Madalena Cruz-Ferreira (PhD em Linguística e Fonética pela Universidade de Manchester e especialista no assunto aquisição de línguas) em seu livro Three is a Crowd?: Acquiring Portuguese in a Trilingual Environment, OPOL é um acrônimo em inglês derivado do termo originalmente francês une personne, une langue e portanto refere-se a one person, one language. O termo foi criado pelo francês Maurice Grammont em 1902. É muito comum e aceito também o termo one parent, one language, para o mesmo acrônimo.
Em português, seria então:
- Uma pessoa, uma língua – one person, one language, seguindo a explicação acima, ou
- um pai, uma língua
- Mãe conversa em português com o filho e o pai em inglês
- Mãe e pai conversam em português com o filho e a avó em alemão
- Mãe e pai conversam em português com o filho, que estuda em uma escola internacional de imersão em outra língua
- Mãe conversa em inglês com filho, o pai em português e a avó em alemão
- Em se tratando principalmente de OPOL dentro de casa, é questionável o quão rígido os pais conseguem ser com a regra. Estudos indicam que por mais que digam o contrário, a maioria dos pais conversam com os filhos nas duas línguas
- Uma aderência rígida ao OPOL apenas pelo fato de consistência à uma regra pode em determinados casos causar uma obstrução à comunicação, o que pode ocorrer quando a criança começa a frequentar a escola
- Alguns estudos com crianças bilíngues não apontaram diferenças entre crianças criadas com o OPOL quando comparadas à crianças criadas com mistura de línguas