A cidade de Nova Iorque tem sido palco de leis polêmicas nos últimos anos, como por exemplo, proibição de gordura trans em bolos vendidos nas confeitarias da cidade e mais recentemente, um projeto de lei do prefeito Michael Bloomberg proibindo venda de refrigerante em copo maior do que 470 ml.
São leis que agradam e incomodam muita gente, raramente passando sem chamar atenção. Historicamente, são leis sempre vistas em benefício da população e que depois começam a chegar ao Brasil.
No último dia 11, uma lei passou a regular a circuncisão religiosa, no caso envolvendo diretamente os judeus ultra-ortodoxos.
O Diário dos Papais não quer aqui causar polêmica e levantar uma opinião, então antes que essa notícia gere espanto por perda de liberdade, saibam que a lei apenas exige consentimento por escrito dos pais.
De acordo com o The New York Times, a lei é direcionada ao ritual metzitzah b’peh, onde o mohelim, que realiza a circuncisão, suga o sangue com a boca. A prática é menos comum do que as circuncisões religiosas onde a limpeza é feita seguindo padrões cirúrgicos convencionais.
Os nove médicos e profissionais de saúde envolvidos na lei defendem que o caso é uma questão de saúde: entre 2004 e 2011, 11 casos de herpes foram reportados tendo como causa este ritual. Dois bebês morreram e dois tiveram sérios danos cerebrais.
Apesar da prática permanecer permitida, a lei tem levantado polêmica entre grupos de judeus ultra-ortodoxos, que planejam processar a cidade por desrespeito e falta de provas.